segunda-feira, 13 de maio de 2013

13 de Maio Abolição da Escravatura - http://valtatui-curiosidades.blogspot.com

13 de Maio Abolição da Escravatura
No dia 13 de Maio é celebrado o dia em que as correntes que aprisionam o negro brasileiro se partem: dá-se a Liberdade através da abolição da Escravatura, com a assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel em 1888 (que teve apenas atitude política). E por este motivo grande parte da população comemora a libertação dos escravos em 20 de Novembro dia da morte de Zumbi dos Palmares e é chamado “Dia da Consciência Negra”.
Esta introdução falando da Lei Áurea lembra-nos o negro escravo em solo brasileiro, que, apesar de acorrentado durante mais de 300 anos no Brasil, lutou sempre, não deixando morrer seus costumes, tendo mantido suas origens no que diz respeito à sua religião! Adaptou-se, lutou por sua liberdade e contra a tirania do homem branco e não perdeu a esperança!
Hoje se fala em prisão contra racismo, não se pode dizer a palavra negro, mas existem cotas para negros nas faculdades, em concursos, e não se percebe que a própria sociedade ao criar essas leis está discriminando os negros, colocando-os em situação de diferentes, não de igualdade como deveria ser. Vejo pessoas postando no facebook que tem orgulho de ter amigos negros, é até bacana, mas pergunto para que postar isso? Para que dar conotação de “amigos negros”? Não seria bacana apenas dizer tenho orgulho de ter amigos? Não importando se negros, japoneses, brancos, alemães, poloneses e tantas outras etinias existentes em nosso país, afinal somos um país com várias culturas, e não temos porque favorecer uma ou outra. Afinal a Constituição Federal diz em seu Capítulo I Art. 5º “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...” E se todos são iguais para que “dar” a conotação de branco, preta, parda, amarela, etc.?
Joguei capoeira durante mais de duas décadas e convivi com essa cultura incrível que descende de Áfricanos. Meu melhor amigo de infância foi o Vanderlei e só depois de muitos anos de convívio é que percebi que ele era negro, brincávamos e nunca reparara que ele era negro, chamava-o de irmão e apresentava a todos como se fosse. Uma vez fui convidado para uma festa de aniversário de outro amigo e chegando à festa o aniversariante me questionou o porquê eu tinha levado o Vanderlei, disse que era meu irmão, e ele irônico disse: irmão negro? E que poderia levar qualquer pessoa menos um negro. Aquela foi a primeira vez que percebi preconceito quanto à cor da pele. Isso foi muito triste, mas nunca o tratei como diferente, como menor ou coitadinho. Sempre o tratei igual, sem privilégios por causa da “cor” de sua pele.
Se pensarmos bem e buscarmos na história Jesus era de pele escura como são os da região onde nasceu não é branco como se pensa. Afinal Jesus nasceu na África. Os Evangelhos dizem de maneira explícita que Jesus nasceu em “Belém de Judá, no tempo do rei Herodes” (Mt 2,1 cfr. 2, 5.6.8.16), (Lc 2, 4.15), (Jo 7, 40-43). Nos tempos antigos, incluindo o tempo de Jesus, Belém de Judá era considerado parte de África. Até a construção do Canal de Suez, Israel fazia parte da África. Esta visão haveria de perdurar até 1859, quando o engenheiro francês Ferdinand de Lesseps pôs-se a construir o Canal de Suez.
Mas o que quero dizer nesse dia em que se comemora a libertação dos escravos é que existem cores diferentes e essa é a maravilhosa arte de Deus, pois essa miscigenação é que é bacana nos dando diferenciação, sendo iguais com nossas desigualdades. E o mundo só será melhor quando percebermos que não somos sozinhos, que existem pessoas diferentes, com pensamentos diferentes, com histórias diferentes. Mas com uma coisa em comum a todos. Todos são filhos de Deus, e todos irão sucumbir ao pó da terra, sendo brancos, pretos, amarelos, todos terão o mesmo fim. 

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