Como Ser Feliz na Terceira Idade - Vivendo Na Boa Aos 81 anos de idade, Marlene Fasano, ou Dona Marla, é uma jovem,
simpática e otimista senhora. Advogada, ela se recusa a ser chamada de
idosa e prefere dizer que está na "melhor idade. Depois de mais de 60
anos casada, a perda do seu grande companheiro ainda é recente.
Entretano, ela não gosta de ser chamada de viúva. Dona Marla se
considera apenas temporariamente “separada por Deus”. E, diante desta
nova fase da vida, decidiu continuar morando sozinha.
O apoio da
família foi essencial, mas a indicação que a mãe e a tia lhe deram sobre
uma tecnologia que já faz muito sucesso nos Estados Unidos e na Europa
foi decisiva para que todos concordassem com a decisão: a
“telemedicina”.
"Não é para a pessoa idosa. É para a pessoa sozinha. Às vezes tem um 'piripaque', né...", explica Dona Marla.
A
segurança para ficar sozinha vem de um aparelho instalado junto à sua
linha telefônica. Através de uma pulseira, caso Dona Marla sinta
qualquer coisa fora do normal, basta pressionar um botão para que ela
seja rapidamente assistida.
"É uma tecnologia simples, muito
eficaz e que não tem nenhuma contra-indicação. Ela só agrega a tudo que a
pessoa já tem. A pessoa pode ter um bom plano de saúde, um bom
enfermeiro em casa ou um acompanhante, mas nem sempre estas pessoas
estão ao lado dela em uma situação de emergência, porque ela não tem
hora para acontecer", explica Flávio Matta, diretor comercial da
TeleHelp.
O funcionamento do sistema é realmente simples. Através
de radiofrequência, a pulseira envia um sinal para o aparelho que
automaticamente realiza uma chamada telefônica para a central de
atendimento. Em seguida, familiares são avisados sobre o ocorrido. Se
preferir, a paciente pode
tirar dúvidas com um médico ou, se necessário, uma ambulância é enviada para o local.
Em um ano e meio de uso, Dona Marla teve de recorrer ao botão de pânico duas vezes.
"O
médico e a enfermeira vieram medir a pressão e toda aquela parte
essencial e viram que eram qualquer coisa leve e foram embora. Eu fui
atendida muitíssimo bem", explica Dona Marla.
No Brasil, o uso de
outras tecnologias para garantir uma vida segura e independente aos
idosos ainda é pequeno. Mas fora, existem diversos projetos e testes em
aparelhos de última geração para aqueles que atingiram a “melhor idade”
viverem mais tranquilamente. Uma das soluções mais novas é a instalação
de sensores de movimento e de monitoramento remoto. Esses dispositivos
registram o momento em que a pessoa, por exemplo, levanta da cama e vai
ao armário de remédios; ao mesmo tempo, os filhos são alertados quanto a
quaisquer desvios em sua rotina que possam indicar um acidente ou
enfermidade.
De olho no potencial comercial de tecnologias para
ajudar as pessoas que estão envelhecendo, dezenas de empresas já
entraram nesse ramo. Pesquisadores estão desenvolvendo aparelhos como um
"bracelete de memória", que vibra em um momento especificado para
lembrar o usuário de consultas médicas ou de tomar seus remédios. Em
testes, há também tapetes com sensores
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