27 de Outubro é Dia do Engenheiro Agrícola
“A engenharia agrícola é a profissão do futuro e o mercado de trabalho apresenta boas perspectivas”, comemora Valmor Pietsch, presidente da Abeag (Associação Brasileira dos Engenheiros Agrícolas) que neste 27 de Outubro – Dia do Engenheiro Agrícola - brinda os 30 anos da Resolução 256 que marca a criação do primeiro curso da especialização no Brasil, em 1978.
Valmor lembra que a Resolução desmembrou a engenharia agrícola da agronômica à qual outras modalidades eram associadas como a engenharia de pesca e a florestal, que também se tornaram especializações. “Somente em 78 foram criados os primeiros cinco dos 30 cursos que hoje são oferecidos por faculdades do Rio Grande do Sul ao Pará, e formam em média 20 profissionais por ano, cada uma”, informa.
“A qualidade de vida no meio rural depende muito do engenheiro agrícola e é fundamental para manter no campo o homem do campo diminuindo o fluxo migratório para os centros urbanos”, defende Valmor para quem as obras do PAC relativas à saneamento e ao sistema ambiental representam uma boa abertura no mercado de trabalho onde o recém formado encontra salários iniciais que na média giram em torno de R$ 3.400.
Natural da cidade de Cascavel (PR), Valmor diz que os maiores empregadores são as cooperativas, órgãos públicos e iniciativa privada voltada para a área ambiental, mas que a quantidade de profissionais não atende a demanda do país. “Teríamos que formar quatro vezes mais gente”, garante.
”Temos que divulgar a legislação que rege a atividade e os diversos campos de atuação do engenheiro agrícola, dois caminhos que podem ajudar a atrair os jovens a optar pela área” sugere Valmor que acredita na chamada ‘engenharia tronco’ – três anos de base comum para depois o aluno escolher a especialização a seguir -. “como forma de diminuir o êxodo dos que hoje entram, mas não concluem o curso de engenharia agrícola”. O presidente da Abeag alerta para a necessidade de Embrapa e Emater, por exemplo, abrirem vagas para os engenheiros agrícolas em seus concursos.
O Curso de Engenharia Agrícola forma profissionais aptos a criar, projetar, fabricar, fiscalizar, executar, prestar consultoria e assistência técnica, pesquisar, desenvolver tecnologia e gerenciar sistemas agrícolas e agro-industriais, envolvendo energia, transporte, sistemas e equipamentos nas áreas de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental; energia; mecanização agrícola; construções para fins agro-industriais e ambiência; engenharia de processamento de produtos agrícolas; controle de poluição; geoprocessamento e fotointerpretação, capazes de formular soluções práticas e inovadoras à diversidade de problemas de engenharia que envolve a agricultura moderna e a agro-indústria.
O Profissional que coloca seus conhecimentos de engenharia mecânica, civil e elétrica a serviço da atividade agrícola, garante colheitas fartas e diminui perdas dos produtos estocados. Esse é o perfil do engenheiro agrícola, muitas vezes confundido com o agrônomo. Embora sutis, há diferenças entre os focos dessas duas carreiras: enquanto o agrônomo se preocupa com a produção de alimentos, de origem animal e vegetal, o engenheiro agrícola se dedica a sistemas de suporte à produtividade. É ele quem projeta açudes, barragens e sistemas de irrigação e drenagem do solo, constrói silos para armazenamento de mercadoria e edificações rurais para rebanhos e secagem de grãos, além de aperfeiçoar máquinas agrícolas. São, portanto, atividades complementares.
A formação do Engenheiro Agrícola tem por base Matemática e Física. As principais áreas de conhecimento do curso são: Construções Rurais e Ambiência; Energia; Planejamento e Gestão; Mecanização e Máquinas Agrícola; Tecnologia de Pós colheita, Meio Ambiente (Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental) e Engenharia Legal. Tratando-se, ainda, de profissional envolvido com constantes modificações ambientais, produtos e processos advindos do uso de recursos naturais, é imperativo, que sejam assimiladas e desenvolvidas pelos futuros profissionais condutas e atitudes de respeito, uso racional e sustentável do ambiente, de constante preocupação com a recuperação e/ou conservação dos recursos naturais, de emprego de raciocínio crítico no julgamento de causas e efeitos das ações de Engenharia, com objetivo da promoção da qualidade da vida humana em equilíbrio com o meio ambiente.
Áreas de Atuação
Tecnologia para a produção de mais alimentos e matérias-primas, com produtos de qualidade e preços competitivos; expansão agro-industrial; agricultura de precisão. Elaboração de projetos, fiscalização, execução e manutenção de obras e equipamentos; Prestação de consultoria, assistência técnica e desenvolvimento de tecnologia; Planejamento, simulação e gerenciamento de sistemas nas áreas de formação do Engenheiro Agrícola.
Maria Helena de Carvalho
Equipe GCO/Confea
ASCOM/CREA-PB
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